A oração intercessória - Ano Bíblico / Gênesis capítulo 18

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Mais uma vez, o Senhor tenciona visitar a Abraão. Nessa ocasião, Deus trouxera consigo dois anjos. Os três viajantes se dirigem agora aos carvahais de Manre. Como era próprio de Abraão, ele recebeu a santa comitiva com hospitalidade. Ofereceu-lhes água para lavar os pés e logo após uma farta refeição. Apresentou-lhes pão, carne de novilho tenro e bom, coalhada e leite. Abraão nos mostra que o Senhor era bem vindo em sua casa. Nessa passagem, aprendemos sobre algo indispensável num lar cristão: a Santa Presença de Deus. 


Ao longo da vida, encontramos famílias despedaçadas, casamentos infelizes. É desejo de Deus restaurar o seu lar, para tanto, convide ainda hoje o Autor da Vida, para estar contigo e com sua família. O Senhor deseja entrar na sua casa, banir as trevas, abençoar sua família e fazer deste ambiente, um local aonde anjos tem prazer de habitar. 


Quer você hoje abrir a vossa porta para tão solene visita? 
Disse Jesus: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." Ap 3:20
"Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." Jo 14:23


Que momento inesquecível! Abraão e sua família tiveram a companhia do Próprio Deus: comeram com Ele, dialogaram com o Autor da Vida por horas. Nesse encontro, o Pai revela a Abraão o objetivo de sua descida a Terra: Constatar se o clamor que subia a Ele, a respeito de Sodoma e Gomorra era legítimo. Sobre a forma de como Deus executa Seus projetos, assim nos fala o profeta Amós:

"Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas." Am 3:7

Em seu trato com a humanidade pecadora, Deus sempre apresentou o meio de salvação, como também as advertências sobre permanecer, voluntariamente, no pecado. Quando anunciou os juízos que cairiam sobre a terra, no tempo dos antediluvianos, tornou Sua decisão conhecida a Noé que, por sua vez, notificou aos homens de sua época. Noé preparou a arca, mas os homens recusaram a oferta de salvação provida por Deus. E apenas o profeta e sua família entraram no grande barco. 


No tempo de Abraão, Sodoma e Gomorra, acumularam uma série de pecados, que atraíram a retribuição divina. Muito tempo depois, veja o que disse Ezequiel em seu livro:


"Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali." Ez 16:49 e 50


O apóstolo Paulo também fala sobre uma vida, aonde o pecado se torna rotina. Para Deus, de acordo com ele, há diferença entre viver e existir: 
"E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus."  Ef 2:5 e 6


Em outras palavras:
* Quando escolhemos uma vida desprovida de valores e da presença de Deus, estamos como que mortos para o Criador e vivos para o mundo - isso é existir. Porém;


* Quando aceitamos a graça de Cristo, e dizemos não ao pecado, rompendo com o inimigo de nossas almas, agora sim, temos vida no Salvador e já morremos para o mundo - para Deus isso é viver.


Essa foi a razão porque as cidades ímpias do passado, foram destruídas. Estavam mortas em delitos e agora só restavam a elas, a expectação do juízo. 


A todo aquele que se sente vencido pelo mal e que acha que já foi longe demais, Deus por meio de seu Filho, estende o amorável convite. 


Jesus nos diz: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Jo 10:9 e 10


O plano de Deus não é para que nós vivamos uma vida efêmera, vazia, mas que nós tenhamos pela graça, vida abundante, vida eterna.

ABRAÃO SE LEMBROU DE LÓ

"Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?" Gn 18:25


Enquanto os dois anjos caminhavam em direção às cidades condenadas, permaneceram Deus e Abraão, às sós. O teor da conversa era a respeito da justiça do Senhor. Por seis vezes, Abraão intercedera em favor dos justos daquelas cidades. 


Qual lição nós aprendemos a respeito desse episódio? 


O valor da oração pelas pessoas, que estão em nossa volta. Quantas vezes, o ímpio deve a sua vida, a uma oração de alguém que teme a Deus? Só a eternidade revelará os desdobramentos de uma súplica sincera ao Criador.


Diz a Palavra do Senhor: 
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" Tg 5:16 (grifo meu acrescentado)


Caro leitor, existem duas situações em que devemos alçar nossas vozes aos Céus. Nós devemos orar:


1) - Quando estamos com vontade e;
2) - Principalmente quando não temos vontade alguma.


Abraão buscou favor de Deus, e Ló e sua casa escaparam da destruição de Sodoma.  


Que todos nós busquemos ao Senhor, com toda a nossa alma e coração, certamente Ele nos ouvirá a todo tempo e em todo lugar.

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